Criado em 2006, o Parque Nacional dos Campos Gerais protege a história natural e cultural dos Campos Gerais, uma das regiões mais emblemáticos do Brasil. Em seus aproximados 21.000 hectares, distribuídos entre os municípios de Ponta Grossa, Castro e Carambeí, a área abriga e cuida de plantas e animais raros, ameaçados ou pouco conhecidos para a ciência. Possui ainda atrativos turísticos bastante conhecidos, como a Cachoeira e Ponte do Rio São Jorge, o Buraco do Padre e o setor Macarrão, as Furnas Gêmeas e Furna Grande, a Cachoeira da Mariquinha e o Capão da Onça.
O projeto desenvolveu e implantou um plano contínuo de Comunicação para Educação Ambiental, estabeleceu diversas parcerias com pesquisadores e grupos de pesquisa, educadores, prefeituras, universidades, museu e unidades de conservação. Houve o registro de informações para dezenas de espécies animais, incluindo várias ameaçadas de extinção. Também valorou os Serviços Ecossistêmicos prestados pela fauna e está produzindo produtos que auxiliarão na tomada de decisões e para a discussão de políticas públicas em conservação da biodiversidade.
Biólogos do projeto Entre Campos registraram no Parque Nacional dos Campos Gerais uma onça parda (Puma concolor) carregando sua presa recém capturada, um macaco de porte médio.
Um dos textos mais belos que descrevem a biodiversidade dos Campos Gerais do Paraná foi escrito pelo naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire em seus relatos de viagem por Jaguariaíva, Tibagi e Castro, a caminho de Curitiba, no verão de 1820. Confira:
“Esses campos constituem inegavelmente uma das mais belas regiões que já percorri desde que cheguei à América [...]. Até onde a vista pode alcançar, descortinam-se extensas paisagens; pequenos capões onde sobressai a valiosa e imponente araucária [...]. Os bosques de araucária não são os únicos ornamentos da região; numerosos rios e riachos ajudam a embelezá-la, além de proporcionarem frescura e fertilidade. [...] a maior parte dos rios – coisa digna de nota – corre límpida e celeremente por sobre pedras lisas, e sempre que a água se despeja de um ponto mais alto sobre as pedras, o que acontece com frequência, ela cava na rocha buracos arredondados os quais chamamos de caldeirões.”
Leia ou faça o download do livro Entre Campos - Ciência e Educação nos Campos Gerais do Paraná.
O projeto Entre Campos: educação e ciência para conservação foi vencedor do Prêmio Sesi ODS 2019 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) na categoria "Instituições de Ensino – Ensino Superior" e também recebeu o Selo ODS pela contribuição nas ações desenvolvidas em prol dos ODS 4 - Educação de Qualidade e ODS 15 - Vida Terrestre.